“Às vezes não sei o que hei-de fazer da vida, vejo os dias sucederem-se
num comboio estúpido e sem estações conduzido por um maquinista louco, que não
faz a mínima ideia onde acaba a linha e o pior é que nem quer saber. O comboio
desliza sobre os carris cada vez mais depressa como se a qualquer instante
perdesse a aderência e descarrilasse e então imagino as carruagens tombadas com
as vísceras das minhas memórias espalhadas por todo o lado, a vida desmantelada
naquilo que já foi uma existência rica e cheia e que agora não vale nada. "
Sem comentários:
Enviar um comentário